Este
livro, de certa forma, é uma continuação do texto de "Contos Breves Sobre Nada"
e, como aquele, tem a pretensão de que seja lido em voz alta, como aquelas
cartas que você recebe de parentes que moram muito distantes, e as pessoas da
casa também querem saber as novidades nela contidas. É como se fosse uma carta
enviada sem esperar resposta de quem recebe.
Você encontrará um texto amador, extraído de um baú de
lembranças e registros da vida de alguém que cresceu nos anos sessenta e
setenta, e passou para a "melhor idade" cheia de dúvidas sobre o valor da
caminhada e dos resultados obtidos dela.
Retrata a vida, sob o ponto de vista de uma criança comum que virou um
homem comum e que, ao morrer, certamente não deixará legado e em pouco tempo
será esquecido, mas que espera ter proporcionado a alguém desconhecido momentos
de reflexão sobre como foi viver naquela época de tanta agitação, muito
diferente daquela que vivemos hoje, na qual só conseguimos ter pequenas
alegrias.